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Aviva Senhor a Tua Obra..

Aviva ó Senhor a tua Obra!
Pb. Waldir Santos.


A Igreja de Jesus Cristo deve viver em avivamento constante. Afinal de contas, o que é um avivamento? As pessoas têm o abito de pensar em avivamento como sendo acontecimentos espetaculares, shows fantásticos, exibicionismos. Entretanto, o acontecimento maior e mais espetacular do avivamento é quando filhos de Deus que estavam mornos e cansados espiritualmente se tornam outra vez ardorosos pelo Senhor; quando em suas vidas começam a jorrar outra vez “rios de água viva” (João 7:38).
Nos dicionários de Língua Portuguesa, o termo avivamento vem do verbo “avivar”, que significa: “tornar mais vivo, estimular, tornar mais nítido, ativo e intenso” (Aurélio). Na Bíblia não encontramos a palavra “avivamento”, apenas o verbo “avivar”, usado com bastante frequência. Então podemos dizer que avivamento é o “retorno de algo à sua natureza e propósito”. Significa acordar e viver.
Então, quais são os fundamentos bíblicos para que Deus avive a Sua obra no meio do Seu povo.
EXPERIÊNCIAS DE AVIVAMENTOS
Lemos em II Cr. 34 a respeito de um grandioso avivamento na história de Judá, nos tempos do rei Josias. Esse monarca foi despertado para restaurar a vida espiritual do povo judeu, a partir da reforma do templo. Quando a reforma estava sendo feita, o sumo sacerdote Hilquias encontrou o Livro da Lei que se achava perdido (II Cr. 34.8-17). Quando a Lei foi lida, o rei teve o coração quebrantado, rasgou as suas vestes, externou a sua tristeza (II Cr. 34.19) e conscientizou-se do pecado do povo contra o Senhor (II Cr. 34.20,21), percebendo que o julgamento divino sobreviria sobre a nação. A consciência do pecado, através da Palavra de Deus, resultou em avivamento espiritual, pois diante da Lei, os judeus se voltaram para o Senhor (II Cr. 35.18).
Outro exemplo de avivamento através da Palavra de Deus se encontra no capítulo 8 do livro de Neemias. Esdras leu a Lei diante do povo e isso, certamente, os levou à fé, pois a fé vem pelo ouvir e o ouvir pela palavra de Deus (Rm. 10.17), (Veja que a fé não vem pelo estar ouvindo a palavra, mas diz que o ouvir e o ouvir fala de dom de revelação, o ouvir é pela palavra de Deus, é ouvir no sentido espiritual quando o Espirito te revela algo no que esta lendo.) e, ouvindo a Palavra, o Espírito produz, em nós, a santidade (Gl. 5.22). Por isso, Jesus orou, em Jo. 17.17, “santifica-os na verdade, a Tua Palavra é a verdade”. Observando este texto, destacamos os seguintes pontos:
1) Esdras reuniu a todos, não apenas alguns, contanto que fossem capazes de entender aquilo que haveria de ser exposto (v. 2), mas antes, ele direcionou o povo ao louvor e a oração, quando todo povo disse “amém” (v. 6). Ele leu com distinção, isto é, de modo que todos pudessem ouvir com nitidez. Em seguida, após essa leitura com clareza, ele e os levitas explicavam o sentido das palavras para que as pessoas compreendessem (vs. 8,9);
2) Como resultado da leitura e exposição da Palavra, o povo entristeceu-se e sentiu vergonha dos seus pecados diante de Deus, o clamor foi tal que Esdras e Neemias precisaram instruir o povo a que se regozijassem perante o Senhor; e
3) O povo, então, tomou a decisão de obedecer a Palavra de Deus (v. 17), e, após ouvir os ensinamentos do Senhor, “houve muita alegria” (v. 18).
Esse é o percurso bíblico do verdadeiro avivamento, parte da leitura e exposição da Bíblia, sob a oração e adoração, debaixo da unção do Espírito Santo.
O CLAMOR DO PROFETA HABACUQUE
1. Habacuque estava preocupado com o estado espiritual de seu povo. O profeta Habacuque foi contemporâneo de Jeremias e viveu numa época de crescente deterioração moral e espiritual em Judá, viveu durante um dos períodos mais críticos de Judá. Seus contemporâneos haviam caído do auge das reformas de Josias para as profundezas da pecaminosidade de seus cidadãos, com medidas opressoras contra o necessitado e a ruína do sistema legal.
Habacuque começa seu livro com uma série de perguntas: “Até quando, Senhor, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritar-te-ei: Violência! E não salvarás? Por que me mostras a iniquidade e me fazes ver a opressão?” (1.2-3).
Suas perguntas demonstravam a presença de fé, e não a falta dela.
Ele viu a violência de Jerusalém e a injustiça de seus líderes, e não entendeu a tolerância do Senhor. O profeta pediu justiça. Ele queria livramento divino para proteger os inocentes e castigar os malfeitores.
É nesse contexto que aparece o famoso clamor por avivamento de Habacuque: “… aviva, ó SENHOR, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos a notifica; na ira lembra-te da misericórdia “(Hc 3:2).
Alguns estudiosos entendem esse clamor da seguinte forma: “Nestes últimos tempos de nossa história, faze a tua obra conhecida”.  Esse é o momento mais adequado para que Deus traga o avivamento sobre o seu povo. Pois é no meio dos anos que a frieza vem, que o desânimo e a incredulidade nos assaltam em meio à obra do Senhor. É no meio dos anos que muitos crentes se acomodam com este mundo. E assim necessitam de um avivamento.
2. A restauração com certeza chegará. Os resultados destrutivos da invasão babilônica seriam sentidos através de toda a terra. Mas o profeta encontra a fonte da sua alegria em Deus e não nas circunstancias. Então mesmo sabendo que o seu povo teria muito sofrimento pela frente, pois os babilônios viriam para acabar com tudo. Não haveriam mais os mantimentos da terra, não haveria mais frutos na videira, não haveria mais ovelhas no curral, não haveria mais paz, e sim, guerra, e o sofrimento seria enorme, haveria fome, desemprego e miséria total. Tudo estava ruim e iria ficar pior ainda. Mesmo assim, Habacuque jamais perdeu a esperança, jamais deixou de louvar a Deus. Lembrando-se dos atos portentosos de Deus na história de Israel, Ele declara “Todavia, eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação” (Hc 3:18).
3. Avivamento traz mudança de vida. Habacuque estava ciente de que o povo pecara contra o Senhor. Havia injustiças, violência e idolatria entre o povo de Deus (Hc 2:9-11,17-19). Desta feita, era necessária uma mudança de comportamento entre os filhos de Israel. Então, o profeta clama por um avivamento (Hc 3:2).
Somente um real e contínuo avivamento é capaz de restringir, deter e neutralizar na igreja a atual avalanche de secularismo, de mundanismo, de comodismo, de conformismo, de transigência com o erro, com o pecado e com o mal. Segundo o modelo bíblico, o avivamento resulta em santidade do crente em toda a sua maneira de viver (1Pe 1:15). Se um avivamento não resultar nisso – nessa mudança de vida -, tudo não passará de mero entusiasmo, mecanicismo e emoção, como acontece com certos ‘avivamentos’ orquestrados pelos homens.
Portanto, à semelhança de Habacuque, clamemos a Deus para que a igreja destes últimos dias empenhe-se por uma vida de justiça, pureza e santidade e, assim, venha a desfrutar de um genuíno avivamento (1 João 1:9).
É TEMPO DE BUSCAR A FACE DE DEUS
1. Buscando e conhecendo a Deus. Muitos, por estarem interessado apenas em milagres, curas e prosperidade material, já não buscam a Deus pelo que ele é. Na verdade, não querem conhecer a Deus, mas somente barganhar com o Senhor. A Bíblia, contudo, através do profeta Oséias, ensina-nos como devemos agir: “Conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor” (Os 6.3).
Quando conhecemos com profundidade, quem é o nosso Deus, passamos a amá-lo muito, pois sabemos olhar para dentro de nós mesmos e ver quem realmente somos. Prossigamos nesta busca de conhecer, cada dia mais, o nosso Deus, e enxergar a sua grandeza. Nas palavras do salmista: “Faze-me, Senhor, conhecer os teus caminhos, ensinas-me as tuas veredas” (Sl 25.4), e ainda com as palavras de Jó: “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te veem” (Jó 42.5).
2. Consagração e entrega a Deus. O termo ‘consagrar-se’ encerra o sentido de ‘Tornar-se sagrado’; ‘Oferecer-se à divindade’. Consagrar-se, portanto significa separar-se, dedicar-se, santificar-se para Deus.
Os dias que vivemos são dias difíceis, como no tempo de Habacuque, tempos da apostasia, de novas unções e novas revelações, tempos onde os interesses pessoais são mais importantes que o reino de Deus. Deus nos chama à consagração, Ele está buscando homens e mulheres que se consagrem a Ele para que Ele possa usar.
3. Confessando e abandonando os pecados. Todos os avivamentos da Bíblia e da história da Igreja foram marcados por contrição (arrependimento), confissão e abandono de pecados, e principalmente pela volta à Palavra de Deus. (Ne 9; Ed 8.21; Jl 2.13). Sem corações quebrantados e contritos não há avivamento (Sl 51.17). 
CONCLUSÃO
Avivamento é algo que precisamos buscar, mas precisamos saber o que estamos buscando e porque estamos buscando. Um Avivamento não é resultado de um esforço humano, no sentido de depender dele. O Avivamento é produzido pelo Senhor da Obra. É o Senhor com o seu vento que faz as brasas queimarem revivendo a chama do amor e da fé. A obra não é nossa, é do Senhor – Somos apenas trabalhadores, da grande seara.
A chama do avivamento deve permanecer brilhante, pois Deus deseja que a Igreja cumpra sua missão aqui na Terra integralmente. “Uma igreja sem renovação espiritual constante cai na rotina, isto é, fica parada no tempo, no espaço e no trabalho. Que o Senhor Jesus desperte um grande avivamento na sua Igreja. A igreja em um todo precisa entender que avivamento não é manifestação de emoções, não é o exibicionismo de alguns que tem o talento de emocionar os ouvintes, não é um momento de expressão corporal, de movimentos esquisitos e aparições de animadores de palco. Avivamento é mudança de pensamento e aceitação da verdade hoje encoberta pelas promessas de vitória e prosperidade, é a minha mudança de pensamento e de atitude mundana para um pensamento e atitude espiritual que me aviva.
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
“Lições Bíblicas CPAD” – 2º Trimestre de 2011 – Comentarista da Lição nº 13 – José Roberto A. Barbosa
Seminário na F.I.T no Paraná “Reflexões espirituais” – Pb. Waldir Santos
Seminário na F.I.T no Paraná “Compreendendo o mundo em que vivemos” – Pb. Waldir Santos
Conferência para Pastores na I.A.E em São Paulo “Instrução Avivalicionista no mundo pós moderno” Pb. Waldir Santos.



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Estudo Sobre Demonologia


1.    Satanás
Seu nome significa “adversário” – o que faz oposição a Deus e a seu povo - I Cr.21.1; Jó 1:2; Zc.3.1-2). O N.T. também lhe dá o nome de “Diabo” (Acusador, Difamador), além de apresentar títulos como: 
 A malícia e a astúcia de Satanás devem ser levadas em conta seriamente, porém o cristão não precisa ficar tomado de terror servil por causa dele, porquanto ele é um inimigo derrotado. 
  • Satanás é mais forte do que os seres humanos, mas Cristo triunfou sobre ele - Mt. 12.29 
 Reconhecer a realidade de Satanás, levar a sério a sua oposição, ficar atento à sua estratégia, levar em conta a guerra contínua com ele não é cair num conceito dualista de dois deuses, um bom e outro mau, guerreando um contra o outro. Satanás é uma criatura sobre-humana, mas não é divino; ele tem muito conhecimento e poder, mas não é onisciente, nem onipotente, e nem onipresente; ele é um rebelde derrotado e não tem mais poder do que aquele que Deus lhe permite exercer, e está destinado ao lago de fogo - Ap.20.10.
2.    Os Demônios
Muito se pensa a respeito dos demônios. Num ponto de vista pagão grego, são almas dos homens maus já mortos. Há quem diga que sua origem é de espíritos desencarnados de uma raça pré-adâmica (que a Bíblia nunca mencionou).
 Ao contrário, a Bíblia nos ensina que os demônios são anjos maus, que um dia foram como os bons, mas pecaram e perderam o privilégio de servir a Deus. Assim como os anjos, os demônios são seres criados, dotados de discernimento moral e elevada inteligência, e desprovidos de corpos físicos. 
 A seu respeito, Wayne Grudem apresenta a seguinte definição: “demônios são anjos maus que pecaram contra Deus e hoje continuamente praticam o mal no mundo”.

Em algum momento entre - Gn. 1.31, que relata que Deus, ao criar o mundo “viu tudo o que fizera, e eis que era muito bom”, e o texto de Gn.3.1-5 (em que vemos Satanás, na forma de serpente, tentando a Eva para pecar) houve uma rebelião no mundo angelical(não se há certeza se aconteceu antes, ou depois, da criação do homem), na qual vários anjos se voltaram contra Deus e se tornaram maus.

O Novo Testamento é claro ao mencionar tais fatos e suas consequências em dois textos: 2 Pe.2:4 e Jd.6. Em ambos, encontramos que anjos se rebelaram contra Deus e se tornaram hostis adversários da Sua palavra. Seu pecado, aparentemente, foi o orgulho – a recusa de aceitar o lugar que lhes foi reservado, pois “não guardaram o seu estado original, mas abandonaram o seu próprio domicílio” (Jd.6).
 Satanás, líder de tal rebelião, é chamado de “príncipe dos demônios” - Mt.12.24
e tem uma hierarquia bem organizada de anjos (Ef.6:11-12);
é razoável supor que esses sejam demônios.
Alguns demônios já estão presos (2 Pe. 2:4; Jd. 6) – mas não ainda no inferno – e alguns estão à solta, cumprindo ordens de Satanás.
Em particular, demônios podem causar doenças - Mt.9.33, Lc. 13.11,16, possuir homens - Mt. 4:24, animais (Mc.5:13), se opõem ao crescimento dos filhos de Deus (Ef.6:12), e disseminam doutrinas falsas - 1Tm. 4:1.
POSSESSÃO DEMONÍACA – É a habitação de um demônio numa pessoa, exercendo controle e influência diretos sobre ela, com certo prejuízo para as funções mentais e/ou físicas. A possessão demoníaca deve ser distinguida da influência demoníaca ou atividade demoníaca contra uma pessoa. Nestas duas últimas formas de atuação, o demônio atua de fora para dentro; na possessão, ele opera dentro da própria pessoa. Por esta definição, um crente não pode ser possuído por um demônio já que é habitado pelo Espírito Santo. O crente pode, contudo, ser alvo de opressão demoníaca a tal ponto de dar a impressão de estar possuído.
Efeitos da Possessão Demoníaca
  • 1. Ocasionalmente, doença física (Mt.9:32-33). Porém, a doença e a possessão são distinguidas uma da outra nas Escrituras (At.5:16).
  • 2. Distúrbios mentais são ocasionalmente causados por possessão demoníaca (Mt.17:15), mas não sempre (Dn.4).
Extensão da Possessão Demoníaca
  • 1. Quanto a pessoas: Somente descrentes em Cristo podem ser possessos. Ao tempo de Cristo, a maioria das ocorrências de possessão demoníaca deu-se entre gentios.
  • 2. Quanto ao tempo: Geralmente há um surto de atividade demoníaca quando a luz e a verdade se manifestam mais fortemente.
O Destino dos demônios – todos os demônios serão lançados juntamente com Satanás para dentro do lago de fogo (inferno) depois do retorno de Cristo à terra, no fim da história (Mt.25:41).


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Você quer ter comunhão com Deus? Estudo do SaLmos 42

Deus criou o homem para ter comunhão com Ele. Jesus disse em João 4.23 que Deus esta em busca de verdadeiros adoradores, que o adorem em espírito e em verdade.
Norman Snaith comenta sobre o Salmo 42: “O homem que já experimentou a alegria da comunhão com Deus, não estará apático quanto ás oportunidades de renovar, com Ele, a sua intimidade, quer em suas devoções particulares, quer nas adorações públicas. Esse homem simplesmente não consegue ficar longe de Deus. Sua alma setenta haverá de impeli-lo sempre à presença do Pai Celeste.”
Torna-se impossível, que uma pessoa que tenha um encontro com a maravilhosa pessoa de Cristo, não ficar apaixonada por Ele.
A comunhão com Deus é o princípio do céu. Para existimos.

I. DEFINIÇÃO DE COMUNHÃO COM DEUS


1. Definição: De acordo com o dicionário da Bíblia de Almeida: “Comunhão: 1) Associação com uma pessoa, envolvendo amizade com ela e incluindo participação nos seus sofrimentos, nas suas experiências e nas suas vivências. 2) Relacionamento que envolve propósitos e atividades comuns; parceria.”
Sendo assim podemos definir comunhão com Deus, como sendo o grau de mais intima experiência que o homem pode ter.
Vivendo uma vida de profunda amizade com o criador, ao passe de ser conhecido como amigo de Deus, como Abraão (Is 41.8).
Andar com Deus significa estar tão próximo a Ele, ao ponto de ser tomado deste mundo para estar eternamente ao Seu lado, como foi com Enoque (Gn 5.21-24), e por onde andarmos, sermos imediatamente reconhecidos como homem de Deus, assim como foi Eliseu (2 Rs 4.9).
2. A comunhão com Deus consola a alma: O mestre Jesus nos advertiu que a vida cristã seria uma vida de aflições e perseguições enquanto estivermos neste mundo (Jo 16.33).
Mas que devemos ter ânimo, pois assim como Ele venceu o mundo, por meio Dele, também venceremos. O salmista Davi exalta ao Senhor, pois na sua aflição o Senhor revelou a sua benignidade, conhecendo a angustia da alma do salmista (Sl 31.7).
Em meio às lutas do cotidiano e as decepções da vida, só a comunhão com o Senhor é que pode nos conduzir a uma vida de felicidades e prazeres.
Pois só a Sua maravilhosa presença pode nos dar a paz que o mundo não pode nos dar (Jo 14.27), e nos fazer salta de júbilo em meio as dificuldades e provações (Sl 132.16).

II. A ALMA DO HOMEM ANSEIA POR DEUS


O ser humano não é o resultado de um processo evolutivo e nem o fruto do acaso (Gn 1.26; 2.7; 5.1).
Foi criado por Deus para um propósito específico, feito a imagem e semelhança do próprio Deus e recebeu o sopro de vida em suas narinas da boca do seu próprio criador (Gn 1.27; 2.7).
Somos parte de Deus, nossa alma anseia e anela por ter comunhão com Ele, pois só em Deus encon-traremos a palavra de vida eterna e não há para onde irmos (Jo 6.68).
1. O vazio da alma do homem: Billy Graham visitava, certa vez, uma universidade norte-americana, quando perguntou ao reitor: “Qual o maior problema que o senhor enfrenta com os seus alunos?”. O educador respondeu-lhe: “Vazio. Há um vazio muito grande de Deus em seus corações.”
Buscando preencher este vazio, o homem vagueia pelos mais depravados desejos da carne (Gl 5.19-21), cometendo todo o tipo de pecado, que só lhe causa morte e eterna separação de Deus (Rm 3.32; 6.23).
Depois de toda esta busca desenfreada, conclui: “Não tenho neles pra-er” (Ec 12.1). Mas aquele que anda com Cristo, experimenta uma vida abundante e inefável (Jo 4.14).
2.  A plenitude da comunhão com Deus: O Salmista Davi, enfrentava uma terrível luta interior, momento de angustia tal, que sua própria alma estava abatida (Sl 43.5).
Ele expressa sua profunda angustia no salmo 43, quando já não sentia a presença de Deus em sua vida, e as lembranças de uma vida de amizade com Deus, faziam com que sua alma se derramasse adentro de si, ao passo que as afrontas das pessoas que olhavam para ele e contemplavam a ausência da presença de Deus em sua vida o afligia ainda mais.
Diante disso, o rei Davi, consola a sua alma relembrando dos feitos do Senhor e da amizade que eles gozaram e concluir que o Senhor não o deixara nesta situação.
John Bunyan, em O Peregrino, descreve a angústia da alma sem sua jornada a Jerusalém Celeste. Quanto mais caminha, mais falta do Senhor vai sentindo até que, ao longe, avista a ditosa cidade, onde se encontra o amante de sua alma – Jesus Cristo.
Os prazeres da vida e as riquezas deste mundo, não podem encher de alegria, uma alma angustiada pela falta da presença de Deus.

III. O DEUS QUE TEM COMUNHÃO COM O HOMEM


Afinal, por qual Deus anseia a nossa alma? Pelo Deus teologicamente correto que se acomoda e se adapta a todas as religiões e credos? Ou pelo Deus único e verdadeiro que se revelou a si mesmo por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo?
1.  Deus onipotente: A onipotência é um atributo exclusivo do nosso Deus. Demonstra a sua grandeza e poder.  É de origem do latim “omnis” e “potencia” que juntas significam “todo o poder”, sendo assim podemos definir que Deus não somente tem o poder como Ele “é o poder”. Deus não de-pende de nada e nem de ninguém, Ele é poderoso em si mesmo.
Só Ele pode todas as coisas, Ele não conhece o impossível (Gn 17.1; Lc 1.37). Ele esta acima da morte, das enfermidades e moléstias que assolam a humanidade.
Ele é o principio e o fim de todas as coisas (Ap 22.13), antes de tudo ter sido criado Ele já existia e por intermédio Dele, por Ele e para Ele (Rm 11.36a), tudo foi criado (Jo 1.1-3; Sl 8:3; Sl 90.2; Gn 1.1b).
A quem questione a existência de Deus, querendo saber quem o criou, a bíblia é clara, ninguém o criou, Ele já era e sempre será Deus, e por Ele é que tudo passou a existir, de acordo com a sua maravilhosa vontade e seu perfeito amor.
Deus não interfere na vida do homem, a não ser que este o peça, por este motivo Ele permite que tantos sofrimentos assolem a humanidade, pois tudo isso, nada mais é do que a consequência de nossa desobediência aos seus mandamentos e resultados de nossa busca desenfreada pelo pecado.
2.  O Deus onisciente: A onisciência, também é um atributo divino, pela qual Deus conhece perfeita e eternamente todas as coisas passadas, presentes e futuras (Sl 147.5; Pv 15.11; Is 46.10). É oriunda dos vocábulos “omnis”, significa “tudo” e “scientia” que “significa todo conhecimento ou saber”
O Espírito de Deus sonda o coração do homem e conhece seus sentimentos e desejos muito antes de serem expressados (Rm 8.27).
No Salmo 139, o salmista Davi revela de uma forma maravilhosa a grandeza da onisciência divina, revelando-nos que antes de termos sido formados no ventre de nossa mãe, Ele já nos conhecia, detalhe por detalhe, célula por célula, e assistia a nossa formação.
No Salmo 147.4 o salmista declara que Deus sabe exatamente a quantidade de estrelas que á nos céus e as chama pelo nome, e eles atendem.
O Senhor Deus lhe conhece, muito antes de seus pais pensarem em se conhecer, Ele já que conhecia, e já lhe havia sido escolhido para ser sua propriedade particular, Aleluia!
 Se alegre com isso, pois você é a menina dos olhos do Senhor. (Jo 15.16; I Pd 2.9; Zc 2.8).
3.  Deus de amor: Deus não tem amor, Ele é o próprio amor (I Jo 4.8). 
Foi por amor que Ele criou todas as coisas (Gn 1.31), ao ver a humanidade perdida, como ovelhas sem pastor, cada um seguindo seu próprio caminho de morte (Mt 9.36), assolada pelo pecado e suas consequências, Ele por amor ao homem, enviou seu filho unigênito, para dar a vida dele em troca da nossa, e para que por meio Dele, recebemos a vida eterna e o perdão dos nossos pecados (Jo 3.16; Rm 5.8; I Jo 4.9-10).
"Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos."  (Jo 15 : 13)
Deus lhe ama, com amor eterno!
4.  O Deus soberano: Deus tem o controle de todas as coisas, ninguém pode impedir o seu operar ou o seu agir (Is 43.13), em meio as suas perdas e sofrimentos, Jó declara: “Bem sei eu que tudo podes e nenhum dos teus pensamentos pode ser impedido” (Jó 42.2). Até Satanás esta submisso a autoridade e a soberania de Deus, fazendo somente aquilo que Deus lhe permite fazer, indo só até onde Deus lhe permitir (Jó 1.12; Mt 4.10a; Lc 8.24; Lc 8.29-33; Lc 22.31-32).
Descanse no Senhor conforme o salmista nos recomenda no Salmo 37.5, e saiba que Deus esta no controle da situação.

CONCLUSÃO


Em suas Confissões, Agostinho demonstra um profundo e incontido anseio por Deus. Abrindo seu coração, suspira: “Quem me derá descansar em Ti! Quem me dera viesses ao meu coração e que o embriagasses, para que eu me esqueça de minhas maldades e me abrace contigo, meu único bem.” Qual é o anseio de sua alma? Qual é o desejo de seu coração? Deus é a fonte de toda a alegria e riquezas acima de suas bençãos e promessas esta o seu coração. Sirva a Deus por amor, e busca incansavelmente sua presença, “A intimidade do Senhor é para os que o temem, aos quais ele dará a conhecer a sua aliança.” (Sl 25.14)
Amar a Deus é a essência de nossa vida devocional.
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Renovando minha vida como a Águia

A HISTÓRIA DA RENOVAÇÃO DA ÁGUIA


Isaías 40.28-30

Introdução:

 A tradição antiga acreditava que a águia mantinha toda sua beleza e força porque tinha a capacidade de se renovar. Por isso Isaías diz que precisamos nos renovar à semelhança da águia. 
   A águia é umas das mais belas aves que vive 70 anos aproximadamente, mas aos 40 passa por uma difícil decisão: morrer ou se renovar de forma dolorosa.
Você já sentiu que precisa renovar suas forças? Há momentos em nossas vidas que não dá pra continuar como estamos, precisamos de uma renovação completa.

COMO RENOVAR A NOSSA VIDA ESPIRITUAL?

Vamos comparar o processo de renovação da águia com a renovação de nossa vida:
1- Pára tudo e tira tempo para se renovar
Depois que toma esta decisão, renovar-se é prioridade. Assim a águia se renova buscando tempo e lugar para si diante de Deus.
O psicólogo Augusto Cury argumenta que a geração moderna sobre de SPA – Síndrome do Pensamento Acelerado. As pessoas são ativistas, mecânicas e não conseguem ficar paradas. Por isso muitas decisões são tomadas sem pensar.
Tempo é uma questão de prioridade. Se você quiser renovar sua vida precisa tirar tempo para isso. Deixe tudo o que está te ocupando desnecessariamente.
Você está disposto a dedicar tempo para sua restauração?
A prioridade em sua vida é sua restauração!

2- É PRECISO SUBIR À DEUS PARA ESTAR SÓ COM ELE.

Durante o processo de renovação a águia fica solitária na mais alta montanha onde está protegida e pode descansar passando pelo tratamento.
Precisamos estar acima dos problemas, ir mais alto para perto do Senhor e louvar o seu nome com Jesus ensinou “orarás a teu Pai em secreto” (Mateus 6.7).
O próprio Senhor Jesus se retirava para o monte a fim de orar a Deus sozinho e renovar sua vida de comunhão com o Pai. No alto do monte Ele foi transfigurado em glória (Marcos 9.1-8).
O monte significa um lugar acima dos principados e potestades (Efésios 6.12). Quando estiver num vale de lutas e tribulações, suba ao alto monte da oração para estar acima dos problemas na presença do Senhor e do alto, nas regiões celestiais (Efésios 1.3) contemplar as bênçãos como solução.
Você tem se retirado para oração e santificação?
Só você pode consagrar sua vida na presença de Deus!

3- SACRIFÍCIO: quebra o bico, arranca as unhas e retira as penas
A águia está envelhecida, com o bico gasto, unhas rachadas e penas desgastadas. Para se renovar precisa quebrar o bico, arrancar as unhas e penas para que nasçam tudo de novo.
Para se renovar é preciso sacrificar algo. Assim como a águia precisamos renovar nossos lábios, nossas mãos e nossa cobertura espiritual. Retirar tudo que está velho em nossa vida. Isso certamente é dolorido. Mas entre a dor do fim iminente e a dor de um processo de cura, este é a melhor opção.
Muitas vezes somos como uma criança que não quer deixar passar remédio na ferida por que vai arder. É preciso enfrentar a dor do tratamento para ser restaurado.
Como Jesus não achou difícil dispor de sua glória para suportar a cruz, sabendo do poder da ressurreição,  “tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós” (Romanos 8.18).
Você está disposto a sacrificar algo em prol de sua vitória?
Abra mão do que for preciso para receber sua bênção!

4- A PERSEVERANÇA DO JUSTO É A PACIENCIA
A águia tem que esperar isolada por 150 dias até o processo de restauração seja completo. Durante este período não é vista por ninguém. Fica sem caçar esperando sua renovação.
Precisamos evitar o imediatismo. Estamos acostumados com coisas automáticas e muitas vezes pensamos que tudo deve ser assim. A vida é como um rio que em alguns trechos corre caudalosamente e em outros escorre rapidamente não adiantando querer apressar ou represar.
Deus em seu infinito poder teria condições de criar tudo em uma única palavra, de uma só vez, mas preferiu fazer aos poucos, gastando sete dias num processo equilibrado. Se tivesse feito tudo de uma vez seria uma grande desordem. Por isso primeiro criou a água e depois os peixes, primeiro a terra e depois as plantas, assim cada coisa na hora e forma correta.
Tudo tem o seu tempo certo (Eclesiastes 3.1-8) e o tempo da renovação é imprescindível se queremos continuar.
Você está disposto a esperar o tempo necessário para seu tratamento?
Tenha paciência, Deus está cuidando de você!

5- ESTAR ACIMA DAS TEMPESTADES DA VIDA
Quando enfrenta uma tempestade, a águia sobrevoa acima das nuvens onde pode ver o sol e ficar livre de perigo. Ao passar a tempestade a águia volta para seu abrigo.
Assim também devemos buscar mais a Deus quando passamos por provações e junto do Senhor ter a proteção. Nada adianta ficar exposto à tempestade tentando enfrentá-la. É melhor esperar passar e depois continuar. Proteja-se durante as lutas, pois “O que habita no esconderijo do Altíssimo e descansa à sombra do Onipotente” (Salmos 91.1).
Quando enfrentar situações de conflito e tiver vontade de fugir, saia um pouco para descansar a cabeça, ore a Deus e assim estará acima das tempestades. Como Moisés quando subiu o monte, ao voltar o seu rosto brilhava (Êxodo 34.35) deste modo você terá forças para continuar de maneira equilibrada e correta sem precipitações.
Você prefere ficar no meio do tumulto ou sobrevoar acima das tempestades?
Suba acima da tribulação na presença do Senhor!

DEIXANDO DEUS RENOVAR A MINHA VIDA

-CONCLUSÃO: 

Salmos 103.5 "a tua mocidade se renova como a da águia"
Após este tempo de renovação, a águia está preparada para viver mais trinta anos com força e vigor de sua juventude. Se não estivesse disposta a vencer todo este tempo doloroso, sua vida chegaria ao fim precocemente.
Peça ao Senhor para renovar sua vida como a águia. Aceite passar pelos processos necessários para sua restauração. Pare e tire tempo para você, reflita sozinho sobre sua vida, dedique-se à oração e santificação, sacrifique o que for preciso, abra mão do que é desnecessário, seja paciente e saia da mediocridade subindo acima das tempestades de problemas na presença de Deus.
Sua vida será renovada pelo Senhor!